terça-feira, 2 de agosto de 2011

a renovação das flores

            primavera se foi dezembro também lá ficaram corolas murchas cores e odores
preservados na lembrança das palavras esquecimento estações genética e jardim só
não ficaram os corpos na relva orvalho matutino de quem conseguira enfim chegar a
setembro

            janeiro se mostra menino mimado chora cospe em seus passantes sua possível
claridade de ano novo não mata mas cobre as flores com uma nova vida já em vida
quase promessa de eterno renascer de camadas sobre camadas de pedra excremento
plástico

            para o olhar verão é futuro para mim primavera mal resolvida crepúsculo
mesmo de inverno para mim só haveria flores em abril e maio no resto dos dias só
damas da noite cheiro de uma flor que se esconde no escuro no mato vizinho do
olfato.

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